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Aston Martin anuncia reestruturação organizacional com Andy Cowell como novo chefe de equipe

Mike Krack deixa a função de chefe de equipe, para se tornar diretor de pista. Uma nova organização foi montada para garantir o crescimento do time

A Aston Martin comunicou uma reestruturação organizacional significativa do time para 2025. A mudança foi informada antes do início da temporada, permitindo que Andy Cowell, se tornasse chefe de equipe.

Após ingressar em outubro como CEO, agora acumula não apenas o trabalho de pista, como o comando dos departamentos de aerodinâmica, engenharia e desempenho, como no AMR Technology Campus.

Cowell comentou sobre a reestruturação: “Passei os últimos três meses entendendo e avaliando nosso desempenho e fiquei extremamente impressionado com a dedicação, o comprometimento e o trabalho duro desta equipe.”

“Com a conclusão do AMR Technology Campus e nossa transição em 2026 para uma equipe de trabalho completa, juntamente com nossos parceiros estratégicos Honda e Aramco, estamos em uma jornada para nos tornarmos uma equipe vencedora do campeonato. Essas mudanças organizacionais são uma evolução natural dos planos plurianuais que planejamos fazer e estou incrivelmente animado com o futuro.”

Mike Krack, que atuava como o chefe de equipe desde 2022, será o novo diretor de pista, focado exclusivamente em maximizar o desempenho dos carros durante os fins de semana de corrida. A transição busca potencializar os resultados da equipe na Fórmula 1 e outras categorias.

As mudanças vão um pouco além, Enrico Cardile, ex-diretor técnico de chassi e aerodinâmica da Ferrari, assumirá o papel de diretor técnico na Aston Martin, liderando os esforços de design e construção dos novos carros de corrida da equipe. Já Tom McCullough, que há 11 anos contribui com a equipe como diretor de desempenho, continuará em uma posição de liderança, com um papel ampliado nas operações de categorias fora da F1.

Cowell estudou engenharia mecânica na Universidade de Lancaster, antes de iniciar a sua carreira na Cosworth. Depois de passar por vários departamentos, o britânico se estabeleceu na divisão de motores da F1 da Cosworth, onde com a parceria com a Ford, ajudou McLaren e a Benetton a vencer corridas e alcançar títulos.

Em 2000, Cowell deixou a Cosworth para trabalhar com a BMW Motorsport, desempenhando o papel fundamental no projeto de motor usado pela Williams até 2001, antes de retornar brevemente a Cosworth como engenheiro principal do programa de F1.

Foi em 2004 que ele deixou a antiga empresa pela segunda vez, para assumir uma posição similar na Mercedes-Ilmor. Foi então diretor de engenharia da divisão de motores e alto desempenho da Mercedes entre 2008 e 2013, quando seguiu para a função de diretor-executivo da Mercedes AMG High Performance Powertrains.

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Esse período marcou o retorno definitivo da Mercedes ao grid da Fórmula 1. A fabricante alemã, que por muitos anos forneceu motores para a McLaren, adquiriu a Brawn GP no final de 2009, restabelecendo seu status de equipe de fábrica.

Com a introdução dos regulamentos turbo-híbridos em 2014, a Mercedes consolidou sua posição de destaque. Sob a liderança de Cowell e sua equipe, o inovador motor V6 da fabricante superou a concorrência, garantindo o título de construtores e o campeonato de pilotos, conquistado por Lewis Hamilton.

Depois disso foram múltiplos anos de sucesso com a Mercedes no topo. Foi apenas em 2020, depois de trabalhar no “Projeto Pit-lane” que contribuiu para a construção de equipamentos médicos para ajudar no tratamento de pacientes vitimas da Covid-19, que Cowell optou por buscar novas oportunidades.

Em julho de 2024, ele foi anunciado pela Aston Martin na posição de CEO do grupo, substituindo Martin Whitmarsh em 1° de outubro e se reportando diretamente ao presidente executivo, Lawrence Stroll.

Nos últimos meses a Aston Martin, além de investir em estrutura, também correu atrás de buscar novos funcionários. A contratação de Adrian Newey foi uma virada importante para o caminho que o time deseja traçar.

Foram poucos meses até Cowell se situar sobre os trabalhos realizados pela Aston Martin, até chegar na posição de chefe de equipe.


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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