ColunistasFórmula 1Post

As estratégias com os pneus disponíveis para o GP da Espanha

O GP da Espanha foi mais uma batalha de estratégias entre Red Bull e Mercedes, Lewis Hamilton conquistou a 98ª vitória da carreira, após cravar a 100ª pole no sábado. Os pneus foram uma parte muito importante durante a quarta etapa da temporada 2021.

O circuito da Catalunha geralmente é realizado com duas paradas, os compostos são muito exigidos nesta pista e acabam se degradando rapidamento, perdendo performance. Ficar sem pneu em qualquer fase da corrida significa perder posições para os adversários que tem mais borracha.

LEIA MAIS: A estratégia da Mercedes que custou a vitória da Red Bull no GP da Espanha

Vimos Max Verstappen sofrer nas últimas voltas, sem chances de se defender de Lewis Hamilton que estava com um pneus médios usados, mas com menos voltas de consumo quando comparados aos pneus que estavam instalados no carro do holandês.

Os compostos da rodada

Estrátegias adotadas para o GP da Espanha – Foto: reprodução Pirelli

Macios (C3 – faixa vermelha): usado por dezenove pilotos do grid para a largada, com exceção de Kimi Raikkonen que acabou largando com os pneus médios. Os compostos macios acabam gerando mais aderência para o início da corrida, desta forma durante a segunda fase da classificação, os pilotos acabaram apostando neles.

Um ponto muito importante para Verstappen perder a corrida, esteve na equipe reservar apenas pneus macios e duros para o final da sua prova, desta forma foi inevitável perder a liderança para o seu maior rival no campeonato. Se optasse foi três paradas, para usar três jogos de pneus macios na sua corrida, poderia até perder a segunda posição para Valtteri Bottas.

Médios (C2 – faixa amarela): a chave para o sucesso da Mercedes que reservou outro jogo de pneus médios para que Lewis Hamilton realizasse a segunda parada. Como a Red Bull acabou bobeando e deixou Verstappen sem este composto, não tinha como vencer a batalha contra a Mercedes.

GP da Espanha – Foto: Red Bull Racing

Raikkonen foi o único piloto que optou por este composto para a largada, o finlandês completou 37 voltas com ele, figurou no top-10 quando os pilotos com pneus macios começaram a realizar as suas paradas, mas começou a perder performance à medida que outros pilotos começavam a instalar pneus médios mais novos. O finlandês terminou a prova na décima segunda posição – até o momento, a melhor posição que a Alfa Romeo pode sonhar nas provas. Vale dizer que Raikkonen e Ocon foram os únicos pilotos a executar a estratégia de apenas uma parada.

Fernando Alonso completou 40 voltas, enquanto Esteban Ocon fez 42 voltas com os pneus médios.

Duros (C1 – faixa branca): Este composto foi testado apenas nos treinos livres, mas as equipes logo perceberam que ele não fornecia aderência e não poderiam contar com este composto para a prova. Todos os times tinham um pneu duro a disposição para a corrida, mas não comprometeram as suas estratégias com está goma.

Pneus disponíveis para a corrida

A Melhor volta dada com cada pneu

Foto: reprodução Pirelli

O pit-stop desastroso de Antonio Giovinazzi

A Alfa Romeo executou um pit-stop desastroso na Espanha, com a entrada do Safety Car por conta do abandono de Yuki Tsunoda, as equipes que estavam no final do pelotão optaram por trocar os pneus macios, para utilizar os médios. Quando o italiano foi para os boxes, um dos pneus estava furado e não poderia ser instalado.

Giovinazzi ficou parado por mais de 30 segundos, a equipe que já tinha instalados três dos quatro pneus, precisou removê-los e instalar outro jogo de pneus médios.

A válvula do pneu dianteito direito de Giovinazzi ficou danificada, em algum momento o problema aconteceu dentro dos boxes, a equipe sabia que não poderia contar com eles e nem tinha tempo hábil para solucionar o problema. O Safety Car que poderia ajudar o piloto da Alfa Romeo a ganhar algumas posições, acabou prejudicando por ele, já que foi necessário manter o delta e não tinha como se aproximar do final do pelotão.

A equipe acreditava que poderia somar alguns pontos com Giovinazzi, depois da Espanha eles sabem onde a equipe está posicionada no grid, desta forma precisam contar com alguns problemas na parte da frente do pelotão, para terminar a prova na zona de pontuação.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo