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Simulação de segurança é realizada como um dos preparativos para o GP de São Paulo

Antes da realização do GP de São Paulo, equipe médica realiza diversas simulações como preparativo para a prova que acontece em Interlagos

Todos os anos como parte dos preparativos para o GP de São Paulo é realizada a simulação de segurança em Interlagos. No último sábado (29) os integrantes da rede hospitalar Sancta Maggiore, do Grupo Prevent Senior simularam todo o procedimento de resgate de um piloto.

A atividade começou em um carro da Porsche, pois a categoria também estará em Interlagos, servindo como evento de acesso ao GP de São Paulo. Os médicos fizeram a simulação de todo o atendimento, desde a remoção da vítima até a prestação dos primeiros socorros que acontecem em pista.

Durante a simulação foram avaliados todos os procedimentos para o atendimento dos pilotos em caso de acidente – Foto: Acervo do BP / Deborah Almeida

Como o espaço que o piloto em Porsche fica é diferente daquele que um piloto de fórmula ocupa, é necessário estabelecer a melhor forma de fazer a remoção da vítima. A sincronia do time é observada em cada uma das etapas do atendimento, todos precisam cumprir o seu papel para que nada saia errado no atendimento.

“Os treinamentos de extração começaram a cerca de um mês e nós ficamos uma semana, a partir do dia 7 até a sexta-feira (11), a gente treina todos os dias”, afirma o Dr. Álvaro Razuk, médico e diretor responsável pelo Sancta Maggiore.

Todos os anos a equipe realiza as simulações e cada vez que o trabalho é realizado, o grupo consegue melhorar o atendimento – Foto: Acervo do BP / Deborah Almeida

A equipe que presta o atendimento em caso de acidente é grande, assim como toda a estrutura para o atendimento. Eles contam com a equipe médica que trabalha na pista, um mini hospital no autódromo com todos os equipamentos, além de uma equipe que faz a remoção do piloto até o hospital principal – em caso de um acidente que necessite de mais exames e verificações.

“No fim de semana da corrida, juntando toda a equipe médica, paramédicos, enfermagem e todo o BackOffice que a gente tem, são 120 pessoas. Nós temos farmacêuticos, engenharia clínica e farmácia”, afirma Razuk.

O objetivo após um acidente na pista, é primeiramente estabilizar a vítima e depois partir para as outras etapas do atendimento, que podem consistir na necessidade de levar o piloto para o hospital.

“No ano passado a gente ganhou da FIA como ‘melhor centro médico de todo o circuito’, esse ano vem o pessoal de Miami para ficar com a gente e fazer um benchmarking, com a gente. Pois o que montamos aqui é um hospital, o que a gente precisa é uma unidade de estabilização e transferência, se acontecer alguma coisa. Mas aqui [em Interlagos], nós temos um hospital montado, com todos os equipamentos que estão dentro do hospital”, segue Razuk.

Ao longo da semana mais simulações são realizadas, buscando a perfeição do atendimento – Foto: Acervo do BP / Deborah Almeida

Na próxima quinta-feira (10) a simulação será realizada com a FIA em um carro de fórmula, para que seja feita a cronometragem do tempo que se leva para prestar o atendimento, algo que é cobrado pela federação. Porém, ao longo da semana várias simulações são feitas no centro médico para deixar tudo preparado. Se o piloto precisar ser transferido ao hospital, a equipe tem a possibilidade de chegar ao hospital em três minutos, pois o deslocamento é realizado por helicóptero, desta forma o trânsito não é um problema.

Os testes são realizados ano após ano, com o objetivo de melhorar o atendimento e a forma como a equipe trabalha. A ‘vítima’ escolhida na simulação é uma médica, que tem a possibilidade de avaliar todas as etapas do atendimento que foi prestado e ajudar na evolução do trabalho realizado pela equipe médica.

Toda a simulação é acompanhada para que seja possível avaliar todos os passos do atendimento – Foto: Acervo BP / Deborah Almeida

No simulado feito para os carros de fórmula, a equipe utiliza uma célula homologada pela FIA e que conta com o halo. Desde a implementação do halo, pouco mudou no atendimento e conforme os anos foram passando, fizeram adaptações para melhorar o tempo e o serviço prestado.

“O simulado serve para reunir toda a equipe e colocar em prática tudo aquilo que a gente já sabe. Mas ano a ano, a gente repete esses simulados, para fazer pequenos ajustes de alguma coisa que não funcionou exatamente como a gente gostaria e tem tempo de corrigir”, afirma Dr. Dino Altmann.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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