O futuro de Adrian Newey continua em aberto. A curiosidade é grande, além disso, vários times têm o desejo de ter um grande nome na equipe, principalmente neste momento que se aproxima a introdução dos novos regulamentos.
Acreditava-se que com a chegada do GP da Emilia-Romagna, disputado na Itália neste fim de semana, algum anúncio relacionado a ida de Newey para a Ferrari seria realizado. No entanto, ele continua considerando o futuro, pois sem dúvidas existem portas abertas nas mais diferentes equipes, onde o nível do desafio também tem certa variação.
“É uma pergunta popular no momento. Acho que a maneira mais fácil de responder a isso é se você me perguntasse há 15 anos, aos 65 anos, se eu estaria pensando seriamente em mudar de time, ir para outro lugar e cumprir mais quatro, cinco ou o que quer que seja, ‘eu teria dito: você está absolutamente louco’”.
Os comentários de Newey sobre a vida e eu futuro, foram realizados em entrevista com Eddie Jordan seu empresário e ex-chefe de equipe na F1, em um vídeo publicado no Youtube.
Divagando sobre a vida, Newey viu o momento de aposentadoria do pai. Além disso, também se questionou como figuras como Bernie Ecclestone (93 anos) e Roger Penske (87 anos) seguem ativos.
“Duas das pessoas que mais respeito, Bernie e Roger Penske, perguntei a ambos: ‘qual é o segredo?’.”
“Eles continuaram perseverando, para sua idade, são fenomenalmente ágeis, mentalmente ágeis e fisicamente ativos. Os dois disseram aquela velha história de que o cérebro é como um músculo, precisa de exercício, então você precisa continuar exercitando”, comentou Newey.
“Além disso, honestamente, sempre quis trabalhar no automobilismo, como designer, desde os oito ou dez anos de idade, e tive a sorte de concretizar essa ambição, de ter conseguido aquele primeiro emprego e de ter sido no automobilismo desde então.”
“Cada dia tem sido um bônus, na verdade, eu amo o que faço, então em algum momento acho que terei um pouco de férias e, como Forrest Gump disse no final de sua longa corrida, ‘me sinto um pouco, um pouco cansado no momento’, mas em algum momento provavelmente vou novamente.”
Obviamente os calendários da Fórmula 1 estão cada vez mais extensos, embora Newey não esteja sempre com a equipe e tenha aderido ao home office em vários momentos, ele esteve envolvido em vários projetos da Fórmula 1. 50% do seu tempo era dedicado a categoria, enquanto ainda se dividia para lidar com as demandas de outros projetos da Red Bull que estava trabalhando.
Newey ingressou no time austríaco em 2006 e deixará a Red Bull cerca de 20 anos depois. Considerado o maior designer e aerodinâmicista da Fórmula 1, não revelou para qual equipe pretende ir.
O britânico já demostrou o desejo de trabalhar com Lewis Hamilton e o heptacampeão mundial defenderá a Ferrari no próximo ano. A Ferrari segue realizando algumas contratações para se adequar a chegada de Hamilton.
Zak Brown, CEO da McLaren é amigo de Newey e também está de olho na movimentação do mercado. A equipe também tem passado por mudanças internas, dando foco ao departamento técnico.
Acredita-se que Newey recebeu uma proposta da Aston Martin, o time também investiu bastante para melhorar as suas instalações. Enquanto a Williams, sem dúvida também gostaria de ter o engenheiro na equipe, James Vowles afirmou que fez uma abordagem e teve uma “conversa leve” com o britânico.
“O Grande Prêmio de Miami foi estranho porque eu estava lá, eu estava lá [com a Red Bull] em uma função estratégica, portanto, estava no pit wall, mas não estava envolvido em nenhuma das decisões de engenharia, ou em qualquer uma das reuniões de engenharia, basicamente eu estava sendo levado para a imprensa.”
“Não é isso que me faz acordar [de manhã]. Nunca pensei muito nisso… Nunca pensei que seria uma grande notícia, para ser sincero, nunca pensei muito nisso. O fato de estar em todos os jornais, na televisão e outras coisas foi quase um choque.”
O mais importante é que o engenheiro negociou o contrato com a RBR para poder trabalhar com outra equipe no início de 2025, como informou a BBC, desta forma teria cerca de um ano para colaborar com outro time nas escolhas que serão feitas para o carro do próximo regulamento.
A Red Bull passou por um momento bem conturbado no começo da temporada, ficando em evidência não pela sua competitividade, mas sim pela guerra inteira que foi instaurada. A decisão de Newey deixar a equipe austríaca foi parcialmente influenciada por toda essa movimentação.