Antes do GP do Canadá a FIA emitiu uma diretiva técnica com o objetivo de limitar o porpoising, mas foi um tema que gerou vários questionamentos e a Federação Internacional de Automobilismo precisou recuar. A etapa em Melbourne foi utilizada para a coleta de dados e avaliação da situação.
A FIA deseja implementar uma métrica para a oscilação Aerodinâmica, mas vários chefes de equipe não apoiaram a ideia, pois além do porpoising, os carros também sofrem com outros problemas e segundo às equipes não é possível estabelecer uma métrica quando os saltos são provocados pelas causas mais variadas.
Os dados coletados no Canadá foram analisados e novas conversas com os diretores técnicos foram estabelecidas para avaliar a situação. A FIA ainda precisa obter mais informações antes de poder dar os próximos passos, desta forma o GP da Inglaterra, também será um campo de avaliações, mas a métrica não entrará em vigor em Silverstone, como informou o site Motorsport.com.
Qualquer mudança nessa fase do campeonato desagradará várias equipes, mesmo que a diretiva tenha sido pensada para priorizar a saúde dos pilotos. Com a implementação de uma métrica que definiria o quanto o carro pode saltar, algumas equipes teriam o desempenho dos seus carros afetados e se fala em uma possível vantagem para a Red Bull.
Outro ponto que levou várias equipes a discordarem da diretiva técnica, está relacionada a possibilidade de acionar uma segunda haste metálica para reforçar o assoalho. Alguns times reclamaram, pois, acabam vendo essa medida como uma ‘quebra do regulamento’, onde essa diretiva não pode de forma alguma modificar o regulamento.
A Mercedes foi o time que reagiu mais rápido, no Canadá eles conseguiram levar um assoalho para avaliação, enquanto outras equipes não tinham como tomar nenhuma medida para Melbourne. Para evitar protestos a Mercedes removeu a segunda haste, mas eles também informaram que a peça não tinha melhorado o desempenho do carro como era esperado.
A mudança permitindo essa segunda haste poderia ser adicionada ao regulamento, com uma mudança realizada e válida para essa etapa da Inglaterra, mas a FIA também voltou atrás. Novamente a questão do porpoising gera um campo para o debate, em que provavelmente levará algum tempo para que uma decisão possa ser tomada.
Entretanto, se quiserem solucionar a questão do porpoising e manter a utilização do efeito solo para a próxima temporada, uma avaliação precisa ser realizada rapidamente, pois os times também estão na fase de pesquisa e tomadas de decisão para o próximo ano e por ser algo que impacta diretamente na aerodinâmica, é necessário ter um controle maior de toda essa cadeia de produção dos novos carros.
Enquanto para os pilotos os saltos são um problema, alguns times do pelotão não estão preocupados com a questão, pois dentro dos seus projetos estão conseguindo lidar de uma melhor forma com o porpoising.