Fórmula E

15 dias para o início da 9ª temporada da Fórmula E: os campeões da categoria

Em oito temporadas, sete pilotos tiveram a honra de conquistar o título da categoria de carros elétricos

Faltam apenas 15 dias para o início da 9ª temporada do Campeonato Mundial ABB FIA Formula E, competição de monopostos elétricos que a cada ano segue evoluindo, em todos os sentidos.

A próxima temporada será a primeira da Era Gen3, a terceira geração de carros de corrida totalmente elétricos. 11 equipes e 22 pilotos vão disputar entre janeiro e julho o título mundial, e entrar no hall dos campeões da competição.

Sete pilotos fazem parte do hall dos campeões da Fórmula E, após oito temporadas realizadas. Desses sete, cinco ainda estão no grid da categoria e são fortes candidatos ao título deste ano, apesar de ter uma concorrência talentosa de novos pilotos que querem se juntar á eles.

 

Nelsinho Piquet, o primeiro campeão

O primeiro ano da Fórmula E foi marcada por uma disputa espetacular entre três pilotos que marcaram história na categoria. Nelsinho Piquet, Lucas di Grassi e Sébastien Buemi disputaram ponto a ponto durante todo o campeonato, e chegaram vivos na última etapa.

No fim, Nelsinho Piquet levou a melhor e se tornou o primeiro campeão da história da categoria de monopostos elétricos. O piloto brasileiro permaneceu na Fórmula E até a quinta temporada, quando deixou a competição. Atualmente, corre na Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro.

 

As batalhas entre Di Grassi e Buemi

Se no primeiro ano Lucas di Grassi e Sébastien Buemi tiveram que assistir a conquista de Nelsinho Piquet, nos dois anos seguintes, ambos os pilotos travaram uma disputa acirrada para conquistarem seus títulos na Fórmula E.

Na segunda temporada, ambos chegaram à última etapa com chances de título e o piloto suíço levou a melhor conquistando o campeonato, mesmo após um acidente entre os dois que fez com que perdessem diversas posições. Buemi ficou com o título graças ao ponto extra que ganhou com a volta mais rápida do eprix.

No ano seguinte, o campeonato começou com domínio total de Buemi, que venceu cinco das seis primeiras provas. Mas, aos poucos, Di Grassi se recuperou e aproveitou que o rival se ausentou de duas provas por conta de compromissos com outras categorias e diminuiu a diferença entre os dois para a rodada final.

Na penúltima prova, enquanto Di Grassi foi pole position e venceu a corrida, Buemi foi desclassificado e viu a liderança mudar de mãos. Agora com 18 pontos de vantagem, Di Grassi apenas administrou a diferença na prova final e garantiu o título.

 

A era JEV

Depois de dois títulos brasileiros em três anos de categoria, a Fórmula E viu a chegada de um pequeno domínio da Techeetah, justamente nos anos de transição entre o Gen1 e o Gen2, com as conquistas do francês Jean-Eric Vergne, único bicampeão da história da competição de carros elétricos.

Na quarta temporada, Jean-Eric Vergne conquistou o título na penúltima prova do campeonato, superando o britânico Sam Bird. Enquanto o piloto da Techeetah conquistou o último campeonato do Gen1, o seu adversário ainda acabou sendo superado pelo brasileiro Lucas di Grassi, terminando a disputa em terceiro.

Já no ano seguinte, o primeiro da Era Gen2, o adversário de JEV foi o neozelandês Mitch Evans. E assim como no ano anterior, Vergne conquistou o título com uma boa diferença de pontos para seu adversário, novamente nas ruas de Nova York.

 

Festa portuguesa na sexta temporada

A Techeetah seguiu sendo o carro a ser batido na sexta temporada da Fórmula E, porém desta vez, com uma novidade. Após ter sido companheiro de Jean-Eric Vergne nas duas conquistas de título, o alemão André Lotterer deixou de equipe e para seu lugar chegou o português Antonio Félix da Costa.

E ao contrário de Lotterer, Da Costa não facilitou as coisas para o bicampeão da categoria e mesmo em um ano aonde o campeonato chegou a ficar paralisado por mais de 150 dias devido à pandemia de COVID-19, a qual cancelou diversos eprix e só foi concluído graças ao festival de Berlim (6 provas em 9 dias), o piloto português conquistou o título de forma incontestável, na antepenúltima prova do calendário.

 

A era Mercedes

Depois de três anos com a Techeetah comandando a Fórmula E, a equipe franco-chinesa ganhou um novo e forte adversário: a Mercedes. A montadora alemã, que entrou na categoria na sexta temporada, chegou mostrando sua capacidade e nos dois anos seguintes, não deu chances aos adversários.

Na sétima temporada, o título ficou com o holandês Nyck de Vries, que após a conquista, entrou na mira de diversas equipes da Fórmula 1 e após o último ano, deixou a categoria de carros elétricos para ser piloto da Alpha Tauri na F1.

Já na oitava temporada, campeonato que finalizou a Era Gen2 da Fórmula E, o título novamente ficou com a montadora alemã, mas desta vez com o belga Stoffel Vandoorne, que assim como seu companheiro e campeão do ano anterior, não teve tantas dificuldades para garantir o título mundial.

Após a conquista dos dois títulos, a Mercedes deixou a categoria. Além disso, a Fórmula E agora terá na nona temporada, o início da Era Gen3. Com cinco campeões no grid, e mais 17 concorrentes querendo entrar no hall dos campeões, o campeonato que vai ter início no dia 14 de janeiro no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, promete fortes emoções.

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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