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O fim do sonho do bi

Dia 110 de 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

A temporada de 1973 estava chegando ao fim com uma disputa ferrenha pela taça entre o “escocês voador” Jackie Stewart e o “Rato” Emerson Fittipaldi, quando o circo da F1 fez sua última parada na Europa, para o GP da Itália.

No ano anterior, a prova foi considerada um fiasco, pela instalação de chicanes afim de reduzir as absurdas velocidades alcançadas na pista italiana. Até os pilotos estavam divididos nessa discussão, com os líderes da Associação de pilotos pedindo pela manutenção das variantes, e alguns dissidentes alegando que a pista era mais segura sem elas, quando a volta permitia 90% de aceleração plena (!).

O traçado “perigoso” de Monza em 1973.

Com as Ferrari às volta com problemas nos modelos 312B3, até os italianos estavam céticos em relação a prova local, que foi dominada pelas Lotus, McLarens e Tyrrells.

Nos treinos, o sueco Ronnie Peterson foi meio segundo mais rápido que Peter Revson, de McLaren. Emerson Fittipaldi alcançou a quarta colocação, e Stewart, seu algoz, o sexto tempo. Ambos foram separados no grid por outro brasileiro, José Carlos Pace.

Apesar das dúvidas dos organizadores, o domingo apresentou o público massivo, que antes da largada, acompanharam o drama de Stewart, que teve motor estourado no warm up, correndo o risco de ficar fora da prova que, possivelmente, lhe garantiria o título. Porém tudo foi acertado a tempo.

Ao descer a bandeira italiana (o procedimento de largada com luzes só seria introduzido em 1978, na própria Monza, numa largada que teria como consequência a morte de Ronnie Peterson… mas divago.), Peterson parte sem oposição, enquanto Fittipaldi consegue ganhar as posições de Revson e Denny Hulme, com a outra McLaren. As duas Lotus despareceram da vista dos oponentes, deixando a briga entre as duas McLarens, Stewart e Cevert com as Tyrrell, Pace (Surtees) e Arturo Merzario (Ferrari).

As grandes brigas da prova foram entre Fittipaldi, colado à caixa de câmbio de Peterson a prova inteira, e entre Revson e Stewart, que tentava ser campeão. Caso o brasileiro da Lotus vencesse a prova, Stewart teria que ser terceiro e, se Emerson fosse segundo, o escocês necessitaria do quarto lugar. E assim a corrida seguiu até o seu final, com as posições inalteradas entre os quatro primeiros.

A imagem da prova

No fim, Jackie Stewart, com o quarto lugar, foi campeão pela terceira vez em sua carreira. Ele viria a se aposentar no fim do ano, com 99 participações em GPs e 27 vitórias, uma marca que muitos diziam ser inquebrável.

Nos bastidores, o resultado dessa prova foi a pá de cal na relação entre Colin Chapman, fundador e chefe de equipe da Lotus, e Emerson Fittipaldi. O brasileiro teria sido alijado da briga pelo campeonato ao não receber ordem para que ultrapassasse Ronnie Peterson, mantendo as chances de título vivas. No ano seguinte, o Rato seria piloto da McLaren.

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In other news…

No dia 09 de setembro de 1939, a Alemanha de Adolf Hitler invade a Polônia, em 2015 Isabel II tornou-se a monarca Britânica com o reinado mais longo da história, o piloto belga Willy Mairese cometeu suicídio em 1969 e, pra não acabar esse post com uma nota tão triste, em 1884 é inventado o cachorro quente.

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Joshué Fusinato

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