365 DiasColunistasDestaquesFórmula 1Repost
Tendência

Glória para a Ferrari e Tragédia para a Lotus

06 de Setembro de 1970, Glória para a Ferrari e Tragédia para a Lotus - Dia 108 dos 365 dias mais importantes da História do Automobilismo

Largada para o GP da Itália de 1970 Fonte: GTX Forums

O GP da Itália de 1970 foi uma verdadeira montanha russa de emoções, ficando marcado pela tragédia e pela glória. Tragédia com o acidente fatal de Jochen Rindt da Lotus, líder disparado do campeonato o austríaco sofreu um acidente fatal no sábado; detalhe Emerson Fittipaldi havia sido escalado para “amaciar” o carro de Rindt na sexta, o novo modelo Lotus 72, mas o brasileiro bateu danificando severamente o carro do austríaco, logo o principal piloto da equipe foi para a pista no sábado com o velho Lotus 49 que infelizmente causou o acidente que ceifou sua vida; a ideia de Collin Chapman era que no sábado Rindt andasse com o novo Lotus 72 amaciado por Emerson e o brasileiro andaria com o velho Lotus 49 acertado por Rindt, logo Fittipaldi estaria pilotando o carro que matou Jochen naquele sábado.

Emerson Fittipaldi na velha Lotus 49C Fonte: GP Expert
Fonte: GP Expert

Mesmo com a tragédia de Jochen Rindt a prova ocorreu no domingo e como sempre os tiffosi fizeram uma grande festa para sua amada Scuderia Ferrari. Os torcedores estavam empolgados afinal 3 Ferraris largariam nas 6 primeiras posições, Jacky Ickx na pole, Clay Regazzoni (que não usava bigode ainda) em terceiro e Ignazio Giuntti em quinto. O traçado de Monza naquela época não possuía chicanes proporcionando disputas maravilhosas. Até a volta 32 a liderança se alternou entre Jacky Ickx (Ferrari), Pedro Rodriguez (BRM), Jackie Stewart (March), Jackie Oliver (BRM) e Clay Regazzoni (Ferrari). Para tristeza dos tifossi Ickx e Giuntti tiveram problemas e foram obrigados a abandonar.

Tiffonsi na área VIP da Pepsi.co Fonte: GP Expert

Mas aquele era o domingo de Clay Regazzoni, era apenas o quinto GP do suíço na Ferrari e na F1, e após assumir a ponta na volta 32 foi ameaçado apenas pela March de Jackie Stewart, mas Clay conseguiu vencer de forma brilhante e sua glória ajudou a tirar um pouco o gosto amargo deixado pela tragédia ocorrida no sábado. Regazzoni foi um dos raros pilotos que debutaram na F1 ao volante de um carro vermelho de Maranello, o suíço só não pilotou para o Comendador Enzo entre 70 e 76 apenas em 73 quando esteve na BRM, mas o fiasco da Scuderia naquele ano obrigou o Comendador a repatriar Rega.

Clay Regazzoni abordo da Ferrari 312B Fonte: GP Expert

Após este GP em Monza a F1 deparou-se com uma situação inusitada, o líder do campeonato havia sofrido acidente fatal, iniciou-se debate à época se Rindt seria declarado campeão mesmo após sua morte, sua vantagem na classificação era tão grande que acabou não permitindo que nenhum piloto lhe alcançasse. Monza 1970 marcou o fim da carreira e da vida de Jochen Rindt, mas marcou também o início de uma grande paixão entre os tiffosi e Clay Regazzoni.

Mostrar mais

Cristiano Seixas

Wikipédia da Fórmula 1, um dos maiores intelectuais do automobilismo, Cristiano Seixas é um dos mais antigos apoiadores dos produtores de conteúdo e deixa aqui no BP uma pequena porção do seu conhecimento para as futuras gerações!

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo

Descubra mais sobre Boletim do Paddock

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading