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Preview GP da Inglaterra de Fórmula 1 de 2017

O Grande Prêmio da Grã- Bretanha é mais conhecido aqui no Brasil como Grande Prêmio da Inglaterra. A primeira corrida de Fórmula 1 foi disputada em 1950 e sendo a prova de abertura do campeonato naquele ano e foi realizada no circuito de Silverstone. Mas a primeira corrida no país foi disputada em 1926 na pista de Brooklands, mas ela foi drasticamente danificada no início da Segunda Guerra Mundial e acabou sendo abandonada.

A maioria dos novos circuitos britânicos acabou sendo construídos dentro dos aeroportos da Royal Air Force que ficaram em desuso depois da guerra e com Silverstone não foi diferente. Em 1955 os Grandes Prêmios da Grã-Bretanha começaram a ser alternados com o circuito de Aintree. Em 1963 a pista de Brands Hatch que havia sido construída em 1950 e ampliada em 1960 passou a receber a Fórmula 1. Jim Clark que era piloto da Lotus-Climax na época venceu nos três circuitos diferentes que a Inglaterra teve para as suas disputas, com quatro vitórias consecutivas no país.

Silverstone era uma das pistas favoritas dos pilotos, já que oferecia um grande desafio com as curvas Copse, Stowe e Club mas em 1991 acabou passando por uma reforma que alteraram o seu traçado. Na pista que prevaleceu entre os anos de 1975 a 1985 Keke Rosberg que foi campeão em 1982 era o piloto com a volta mais rápida no circuito 1:05:591 e a velocidade obtida era de 258 km/h.

A pista de Silverstone é muito abrasiva, criando facilmente bolhas nos pneus. Os pilotos estão em constante aceleração, mesmo com as 18 curvas que a prova oferece, apenas uma é feita abaixo dos 100 km/h. A pista também oferece uma dificuldade em relação aos acertos aerodinâmicos, o downforce é de suma importância em suas curvas longas e rápidas. A Pirelli optou por disponibilizar os compostos supermacios (faixa vermelha), macios (faixa amarela) e médios (faixa branca) para a corrida que acontece neste domingo (16) e é o último GP a ser disputado antes das férias de meio de ano da Fórmula 1.

| Corrida de 2016

A corrida não acabou na pista e quase quatro horas depois do termino da corrida, Nico Rosberg acabou punido com acréscimo de 10 segundos ao seu tempo final e caiu de segundo para terceiro colocado. A vantagem de pontos que o alemão tinha para o seu companheiro de equipe caiu de 4 para apenas um ponto.

A prova teve início com o safety-car na pista e foram realizadas cinco voltas atrás dele até a disputa realmente começar. A chuva havia dando as caras um pouco antes da corrida realmente começar, deixando a pista completamente ensopada e ”atualmente” sem condições para largada normal e os pilotos foram obrigados a usar os compostos de chuva forte, mas quanto a disputa foi autorizada, nada menos do que dez carros foram para os boxes colocar os pneus chuva intermediaria, porém os ponteiros optaram por se manter na pista e não arriscar uma troca, somente quando Wehrlein rodou e causou um safety-car virtual foi que a turma da frente resolveu entrar nos boxes e fazer a troca. E assim na nona volta a disputa começou de verdade.

Lewis Hamilton era líder e abria vantagem encima de Nico Rosberg, chegando a quase 5 segundos de distância. Verstappen começou a se aproximar de Rosberg e o alemão parecia meio perdido. Vettel que havia largado de décimo primeiro e via que a pista já estava secando gradualmente, decidiu ir para os boxes na décima quinta volta e adotar os pneus médios, sendo a senha para os demais pilotos fazerem o mesmo, já que o alemão da Ferrari não havia se estropiado na pista depois do seu retorno e Max Verstappen era visto ultrapassando Nico Rosberg, que não conseguia ter total domínio sob o carro e a pista meio seca, meio molhada. Sebastian Vettel não tinha muito o que fazer, voar como um leão não ajudariam ele a chegar no pódio e o alemão seguiu fazendo a sua corrida.

Lá pela volta 23 Rosberg retomava o controle do carro com a pista quase seca e encostava em Verstappen na volta 28, a briga pela segunda posição acabou durando 10 voltas, até que o holandês não aguentou mais segurar a flecha de prata e Nico passou a Red Bull com 38 voltas realizadas.

A corrida ficou calma, mas eis que o carro de Nico Rosberg começa a ter problemas e foi daí que aquela punição aplicada depois da prova surgiu. O câmbio da sua Mercedes acabou travando na sétima marcha, e o holandês da Red Bull começava a se aproximar. O engenheiro vendo que Rosberg estava com problemas, começou a passar as instruções para o piloto pelo rádio. Bastava o alemão pular a sétima marcha o que era óbvio e nem precisava ser dito. Rosberg conseguiu estabilizar e Verstappen que estava com os pneus bem desgastados não conseguiu atacar. E atitude de ajudar Rosberg pelo rádio ficou de ser analisada depois da prova. O top-5 ficou composto por Hamilton, Rosberg, Verstappen, Ricciardo e Raikkonen.

Ao final da prova e a FIA decidia punir o alemão da Mercedes, mas ai uma outra discussão começou, porque a equipe decidiu ajudar Rosberg na Inglaterra e deixar Hamilton na mão em Baku já que o piloto estava claramente tendo dificuldades de lidar com os acertos do carro. Se a punição era de apenas 10 segundos, correndo o risco de perder uma ou duas posições, porque não ajudar os dois em eventos distintos? Foi umas das questões mais comentadas pós corrida. Lewis Hamilton deixou uma bela imagem, sendo recebido pelo pessoal do seu país feito estrela de Rock e passando de braço em braço na comemoração pelo primeiro lugar, sendo a terceira vitória consecutiva em Silverstone e a quarta no seu país.

 

Fonte: @F1naGlobo
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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