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Preview do GP da Inglaterra de 2018 – Vettel busca a manutenção da liderança na casa de Hamilton

O Grande Prêmio da Grã-Bretanha é mais conhecido aqui no Brasil como Grande Prêmio da Inglaterra. A primeira corrida de Fórmula 1 foi disputada em 1950, sendo a prova de abertura do campeonato naquele ano e realizada no circuito de Silverstone, mas a primeira corrida no país foi disputada em 1926 na pista de Brooklands, no entanto ela foi drasticamente danificada no início da Segunda Guerra Mundial e abandonada.

A maioria dos novos circuitos britânicos foram construídos dentro dos aeroportos da Royal Air Force que ficaram em desuso depois da guerra e com Silverstone não foi diferente. Em 1955 os Grandes Prêmios da Grã-Bretanha começaram a ser alternados com o circuito de Aintree. Em 1963 a pista de Brands Hatch que havia sido construída em 1950 e ampliada em 1960 passou a receber a Fórmula 1. Jim Clark que era piloto da Lotus-Climax na época venceu nos três circuitos diferentes que a Inglaterra teve para as suas disputas, com quatro vitórias consecutivas no país.

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Silverstone era uma das pistas favoritas dos pilotos, já que oferecia um grande desafio com as curvas Copse, Stowe e Club mas em 1991 passou por uma reforma e teve seu traçado alterado. Na pista que prevaleceu entre os anos de 1975 e 1985, Keke Rosberg que foi campeão em 1982 era o piloto com a volta mais rápida no circuito 1:05:591 e a velocidade obtida era de 258 km/h.

lll Pneus

A pista de Silverstone é muito abrasiva, criando facilmente bolhas nos pneus. Os pilotos estão em constante aceleração, mesmo com as 18 curvas que a prova oferece, apenas uma é feita abaixo dos 100 km/h. A pista também apresenta uma dificuldade em relação aos acertos aerodinâmicos, o downforce é de suma importância em suas curvas longas e rápidas. Na tentativa de melhorar as ultrapassagens, uma terceira zona de DRS foi instalada na semana da corrida, ela foi instalada entre a curva 1 e a 2, na busca que algo semelhante ao que aconteceu no Grande Prêmio da Áustria 2018 possa se repetir. 

A Pirell optou por disponibilizar os compostos macios (faixa amarela), médios (faixa branca) e os duros (faixa azul) para a corrida que acontece neste domingo (8). Os compostos duros têm a mesma goma dos médios utilizados em 2017 para o Grande Prêmio da Inglaterra.

 

A pista para esse ano foi recapeada para diminuir a degradação dos pneus, mas de qualquer forma os compostos para essa prova seguem a configuração dos utilizados na Espanha e França, com uma redução de 0,4 mm de espessura na goma.

lll Corrida 2017

Lewis Hamilton venceu pela quinta vez o Grande Prêmio da Inglaterra e igualou à marca de outro inglês, Jim Clark. A alegria foi tanta que Hamilton se jogou para a galera e onde é sempre bem recebido. O piloto da Mercedes fechou com o final de semana perfeito, pole, melhor volta e liderou a prova de ponta a ponta, com esse feito e com problemas que ocorreram na última volta com outros competidores, Hamilton viu a sua diferença para Sebastian Vettel diminuir para apenas um ponto e Bottas encostava no alemão, sendo separado por apenas 23 pontos.

O alemão não largou bem, perdendo o terceiro lugar para Max Verstappen, suas investidas no holandês não foram bem-sucedidas, até que a equipe optou por retomar a posição nos boxes, aplicando o undercut na volta 19, fazendo o ‘golpe’ ser bem-sucedido.

Verstappen realizou a sua troca na volta seguinte, mas permaneceu atrás de Vettel. O grande problema é que os dois teriam que conservar os compostos até o final da prova se desejassem continuar na estratégia de apenas uma parada.

Para Hamilton líder da prova e Raikkonen que seguia na segunda posição o ritmo estava tranquilo, mas no meio do grid as coisas pegavam fogo. Daniel Ricciardo que largou da última fileira, vinha conquistando posições e travou uma disputa intensa com Felipe Massa da Williams.

Hamilton esticou a sua parada até a metade da prova. Bottas chegava ao segundo lugar com a parada dos outros competidores e na volta 33 o finlandês da Mercedes se encaminhava para os boxes, conseguindo retornar em quarto.

Lewis fazia a prova de cara para o vento e ainda sem ser incomodado por ninguém, abrindo mais de 14 segundos de vantagem para o segundo colocado. E Raikkonen também tinha um certo conforto para Sebastian Vettel.

No entanto o alemão precisou mesmo se preocupar com Bottas que vinha logo atrás e passava a ameaça-lo. Vettel tentou resistir as investidas do finlandês, travou roda, fez de tudo, mas na volta 44 a ultrapassagem foi inevitável e Bottas abocanhava o terceiro lugar no pódio.

Com os pneus cheios de bolhas e comprometidos a penúltima e a última volta da corrida reservaram várias surpresas. Kimi Raikkonen precisou se dirigir aos boxes, assim como Verstappen. Vettel retornava ao pódio, mas o pneu resolveu trai-lo e o dianteiro esquerdo estourou e o alemão teve que se arrastar para os boxes conseguindo ainda garantir o sétimo lugar.

Dessa forma o pódio contou com Hamilton, Bottas e Raikkonen que conseguia garantir a terceira posição. Assim como o finlandês da Ferrari, Verstappen teve tempo de garantir a quarta colocação.

 

Fonte: Globo.com

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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