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A última vitória do Professor na Fórmula 1, o retorno e o nascimento de duas lendas da cultura

25 de Julho de 1993 – A última vitória do Professor na Fórmula 1, o retorno e o nascimento de duas lendas da cultura - Dia 65 de 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

Como dito anteriormente, a temporada de 1993 a muito me fascina, simplesmente por ser o marco zero da minha experiencia com a Fórmula 1, justo a temporada de despedida do Professor, o que era na verdade a sua segunda despedida, além de ser, segundo muitos apontam como a melhor temporada de Ayrton Senna e a de estreia de Rubens Barrichello, meu xará, fato este que contribuiu e muito ao meu despertar pela Fórmula 1.

lll DOS PROLEGÔMENOS

Estávamos na décima Rodada da temporada de 1993, tudo apontava para o quarto título de Alain Prost a bordo da Williams FW15C equipe com o fortíssimo V10 de 3,5 litros da Renault, que continuava um carro de outro planeta do qual nem mesmo Buzz Lightyear seria capaz de auxiliar as outras equipes em um confronto direto com os carros de Frank Williams, a McLaren que já se via em uma situação inferior as Williams obteve resultados além do equipamento que era entregue aos pilotos, porém entre eles o único que se pode destacar era Ayrton Senna do qual teve atuações dignas de um Jedi os quais chamariam atenção até do Mestre Yoda, como por exemplo a conquista do Reino Monegasca.

Em meio a estas definições do campeonato, existia uma disputa nos bastidores, a FIA e as equipes discutiam os regulamentos para a temporada de 1994, de um lado as equipes que já usavam as ajudas eletrônicas como a suspensão ativa e do outro a FIA que queria a abolição destas ajudas a todo custo e para tanto apresentava uma solução para melhorar o espetáculo, o retorno do reabastecimento, o que não agradava nem um pouco as equipes.

Porém, havia festa na Alemanha, Riccardo Patrese atingia a marca de 250 GPs na sua carreira, um feito histórico para época, a dupla da Williams confirmou o favoritismo e fecharam a primeira fila, seguidos por Michael Schumacher da Benetton e um honroso quarto lugar para a McLaren de Ayrton Senna.

lll WARM-UP, FOOTWORK AO INFINITO E ALÉM

Footwork nunca foi uma equipe que empolgava os fãs pelo seu desempenho em pista, mesmo em seus momentos mais brilhantes como este ocorrido no “warm-up” do GP da Alemanha em Hockenheim na temporada de 1993, Derek Warwick sofreu um dos acidentes mais sensacionais de todas as eras da Fórmula 1, não só pelo espetáculo do acidente como também pelo fato que após o acidente ele iria alinhar o carro reserva da equipe e participar da etapa. Vamos ao acidente, o “warm-up” estava sendo realizado sob chuva, Luca de Badoer estava a bordo de uma lenta Lola quando Warwick colidiu com o seu carro, perdeu o controle do seu Footwork que se chocou com o guard-rail, passou pela terra de ninguém, atravessou a terceira chicane do antigo traçado e após uma curta decolagem cai de cabeça para baixo na brita, os pilotos que viram aquele digno espetáculo alemão foram a ajudar o britânico, eram eles Gerhard Berger e Jean Alesi ambos da Ferrari e Aguri Suzuki companheiro de Warwick na Footwork.

Entre mortos e feridos todos se salvaram e seis horas depois, com uma baita dor no pescoço e contra as recomendações médicas Warwick alinhava outro bólido da Footwork que iria se envolver em um acidente com o seu companheiro Suzuki, ainda iria ver uma palestra de condução em elevado estilo do Professor Alain Prost na Williams, o brilho de Michael Schumacher da Benetton, uma luta pelo pódio de Mark Blundell da Ligier e não menos importante por estar fora do pódio, uma corrida antológica de Ayrton Senna.

lll DA CORRIDA EM SI

Alain Prost larga mal, muito mal e perdia a liderança para Hill e Schumacher, Senna era terceiro e vendo a lambança francesa decide ir para cima, porém na primeira chicane tocava Roda com Roda® com Prost e cai para o fundo do pelotão, porém imaginem a Millenium Falcon a McLaren de Senna e as Williams como os Star Destroyers Imperiais, você pode não dar nada pela Millenium Falcon, uma sucata, porém quando a vê, você quem está lá dentro e do que podemos esperar. Enquanto isso, um teatro de bonecos segue na corrida com Martin Brundle tentando um ataque contra Schumacher e conseguido alcança-lo na sexta volta.

O restante da corrida foi uma luta de Ayrton Senna para retornar ao mínimo que lhe era possível exigir do equipamento que era a quarta posição, o qual fez bravamente, na pontas as Williams reinavam soberanas com Damon Hill liderando e caminhando para o que muitos apontavam ser a sua primeira vitória e Alain Prost no melhor estilo Prost de conduzir conquistava os pontos que lhe cabiam.

Porém, nem tudo na vida é um mar de rosas e a duas voltas do final um furo, um pequeno e miserável furo no pneu traseiro esquerdo da Williams de Damon Hill roubou a liderança e a primeira vitória do inglês, que de forma heroica tentou, sem êxito levar o carro ao box, porém não conseguiu.

Alain Prost ficou com caminho livre para a sua 51ª Vitória, a última de carreira vitoriosa, seguido de Michael Schumacher, Mark Blundell, Senna, Patrese e Berger fechavam a zona de pontos.

Christian Fittipaldi (Minardi-Ford) e Rubens Barrichello (Jordan-Hart) eram os outros brasileiros em pista porem não pontuaram, Christian foi o décimo primeiro e Barrichello abandonou um pouco antes de Damon Hill.

Com a vitória Prost chegava aos 77 pontos e Senna com 27 a menos era o segundo colocado na tabela.

lll FORA DAS PISTAS

A primeira efeméride do qual quero registrar é o aniversário de um dos nerds mais fodásticos de todas as eras, Guilherme Briggs, nascido em 25 de julho de 1970 este é o cara que é a definição do hUeHuE.br do “Homão da Porra”, um dos maiores dubladores ever de todos os tempos, quando tiver que agradecer por sermos um país de língua portuguesa, lembre-se dele, só para registrar: Han Solo, Mestre Yoda, Spock e Freakazoid foram dublados por ele. Além do lindo e magnifico trabalho que ele executa no seu Instagram do qual recomendo uma super visita, bem como, assistam o vídeo abaixo, só isso:


Nesta data tivemos o lançamento de um álbum que marcou gerações, Back in Black, do ACDC que foi lançado em 25 de Julho de 1980, é até hoje o álbum de rock mais vendido de todos os tempos o que lhe garante a segunda posição como o mais vendido da história, atrás apenas de Thriller, de Michael Jackson, o que lhe confere um lugar entre os 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

Back in Black, é o primeiro álbum após a morte do vocalista da banda Bon Scott, sendo substituído por Brian Johnson o que obrigou a banda a refazer todo o trabalho que já existia para o novo álbum e acrescentando as músicas “Hells Bells”, “You shook me All Night Long” e a faixa que dá título ao álbum, “Back in Black”.

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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