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É Penta

21 de Julho de 2002, É Penta - Dia 61 de 365 dias dos mais importantes da história do Automobilismo

Contextualizando

Neste dia, Schumacher tinha 60 vitórias na carreira e ia rumo ao penta campeonato pela Ferrari. Como de costume, para termos uma noção de tempo, em 2002 a Marlboro ainda era patrocinadora da Ferrari, porque em 2002 não havia problema em cigarros patrocinarem a Fórmula 1.

Uma coisa engraçada sobre as transmissões da Formula 1 em 2002, tem gente que reclama de como é hoje, mas assistir uma corrida de 2002 dá pânico. Nada se falava do pelotão intermediário, que não fosse um acidente ou alguém se retirar por problemas no carro. O foco sempre eram os primeiros.

Os pilotos que correram neste dia e ainda estão nas pistas são Kimi Raikkonen (estou pessoalmente me questionando se ele é um vampiro e tem 150 anos, mas aí lembro que em 2002 eu tinha 11 e fico calma) e Felipe Massa (que me trouxe uma sensação esquisita ao me lembrar dele na Sauber).

A F1 em 2002 tinha dois fornecedores de pneus: Bridgestone e Michelin (Pirelli quem?) E dependendo do traçado, um pneu era melhor que o outro.

O GP da França de 2002 foi disputado em Magny Cours, e o dono da Pole Position foi Juan Pablo Montoya. Este GP se tornou histórico, já que Schumacher poderia tornar-se penta campeão de Fórmula 1 neste dia, caso Rubinho não pontuasse e Montoya terminasse de sexto para trás.

Fonte: MotorSport

A Corrida

Na volta de apresentação, Rubinho ficou em um cavalete. A justificativa da Ferrari foi um problema de motor e o carro não ligava. Nesta mesma temporada na Áustria, Rubinho recebeu uma ordem da Ferrari para que deixasse Schumacher ganhar a corrida (jogo de equipe na Ferrrari, sem novidades). Infelizmente, Barrichello não largou.

A largada, fora alguns toques, foi tranquila e nenhum piloto saiu na primeira volta. Na segunda volta, a briga pela ponta ficou com Montoya, Schumacher e Raikkonen. Montoya segurou os dois e permaneceu em primeiro lugar. Na volta número 6, os comissários informaram que Felipe Massa havia queimado a largada, e o mesmo teve que passar pelos box para cumprir sua penalização. Neste momento, Felipe estava em sétimo. Na volta número 10, Massa entrou no pit-lane OUTRA VEZ, pois na primeira, saiu antes da linha branca que delimitava o final da saída dos box, e isso ocasionava penalização por colocar os pilotos que vinha na reta em risco.

Fonte: F1 Fanatic

Na volta 24, Montoya fez sua primeira parada e deixou a ponta para Schumacher. Enquanto vários pilotos paravam no box, Takuma Sato parava no muro e estava fora da corrida. Montoya retornou em quarto lugar. Na volta 26, Schumacher parou, e voltou em 3º, a frente de Montoya e começou a abrir vantagem em cima do piloto da Williams. Quatro voltas depois, após a parada dos outros pilotos, Schumacher estava na ponta e Montoya em segundo. Tudo girava em torno deles até este momento, pois Montoya era o único capaz de adiar o título do alemão, já que Rubinho não correu nessa etapa. Na volta seguinte, Schumacher foi penalizado pelo mesmo erro de Massa, e voltou para terceiro, a frente de seu irmão Ralf. No GP da França a linha era lava e você não podia encostar lá. Os pilotos esqueceram a brincadeira e isso custou posições. Vocês acham que motor Honda dando pau é coisa de 2017? Não. Na volta 36, Villeneuve saiu da corrida por uma pane no motor de seu BAR Honda e abandonou a corrida. Não é zica do Alonso não.

Na volta 40, os primeiros pilotos começam a pegar o tráfego dos retardatários, e Schumacher tenta ultrapassar Raikkonen, que está entre ele e Montoya, porém o Finlandês segurou o alemão e a corrida continua, com a preparação das equipes para mais uma parada. Montoya foi o primeiro a passar pelos pits, voltando em 5°, Schumacher parou só na volta 47, e voltou em 4°, a frente de seu rival. Na volta 50, Trulli e Mika Salo saíram da corida, mas por problemas em seus carros. Massa também parou no pit e por lá ficou, também com problemas.

Enquanto isso na pista, Raikkonen era quem segurava Schumacher, que o pressionava de todas as formas mas não conseguia ultrapassar. Três voltas depois, foi a vez de Irvine abandonar por problemas em seu motor Cosworth: a asa traseira simplesmente soltou, sem nenhum toque, nenhuma manobra brusca. Aparentemente a confiabilidade dos carros em 2002 deixava a desejar em Magny Cours.

Schumacher permanecia preso atrás de Raikkonen e Coulthard, que ainda deveriam parar, mas estavam tentando distanciar-se o máximo possível antes disso. Coulthard fez sua parada, mas queimou a linha branca da saída do pit lane (três pessoas enganadaaas), e na volta 59 também foi penalizado. Já havia voltado atrás de Schumacher, mas Raikkonen permanecia segurando o alemão. Após a cumprir seu “castigo”, Coulthard acabou voltando em terceiro, pois Montoya (estava em quarto antes de David no pit lane e permaneceu em quarto depois) não evoluía com algum problema não tão grave em seu carro.

Enquanto a treta começava a esquentar a 5 voltas do final, era a vez da Toyota de McNish dar pau e deixa-lo na mão. Na mesma volta, não sabemos se pela pressão do alemão ou um erro, Raikkonen errou na curva que antecipava a reta de largada e entregou a primeira posição a Schumacher.

E foi assim, a quatro voltas do final, que a Michael Schumacher foi PENTAcampeão, no dia 21 de julho de 2002.

Fonte: F1-Fansite
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