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Keke Rosberg, o Rosberg que você respeita, o Rosberg raiz

06 de dezembro: nasce Keke Rosberg, o Rosberg que você respeita, o Rosberg raiz – Dia 199 dos 365 dias mais importantes da história do automobilismo

Keijo Erik Rosberg completa 69 anos hoje. Nascido na Suécia, adotou a nacionalidade finlandesa dos pais. Dono de um ar mal encarado muitas vezes parecendo sempre mal humorado Keke passou pelo kart, Formula Ve, Formula Atlantic, vendo o sonho de chegar a F1 ganhar contornos mais reais em 1978 quando juntou-se a equipe Theodore na F2, o time de Hong Kong também estava na F1, fato que abriu as portas para Keijo.

1976 Estoril European Formula 2 (Keke Rosberg, Chevron B35) Fonte: Imgur

O grande destaque de Rosberg em 1978 foi a vitoria no Troféu Internacional em Silverstone, prova extra campeonato da F1, quando debaixo de uma tremenda chuva derrotou nomes como Emerson Fittipaldi, Mario Andretti, Niki Lauda, Clay Regazzoni, Jacky Ickx, James Hunt e Ronnie Peterson. Disputou os GPs da Africa do Sul, Long Beach, Mônaco, Bélgica, Espanha, Alemanha, Áustria, Holanda e Italia pela Theodore e defendeu a ATS nos GPs da Suecia, França e Inglaterra. No ano de estreia a melhor resultado foi o 10° lugar em Hockenheim com a Theodore.

1978 Hockenheim (Keke Rosberg, Wolf WR3) Fonte: Imgur

Em 1979 passou a pilotar para a equipe Wolf, fazendo as 8 provas finais da temporada pelo time canadense. Melhor resultado 9° lugar no GP da França. No final deste ano os irmãos Fittipaldi compraram a Wolf e a partir de 1980 transferiram a sede da então equipe brasileira para a Europa. No pacote de compra a equipe Fittipaldi agora sem o patrocinio da Copersucar passou a contar com os serviços do novato e promissor Keke Rosberg. No primeiro GP disputado pela Fittipaldi o finlandes marcou seus primeiros pontos, melhor ainda subiu pela primeira vez ao podium com o 3° lugar na Argentina atrás apenas dos pilotos que protagonizariam a disputa do titulo em 1980, Alan Jones e Nelson Piquet. Na etapa seguinte em Interlagos Keke superou o companheiro e patrão Emerson Fittipaldi com uma bela ultrapassagem no retão. O time brasileiro não conseguiu manter o folego no restante do campeonato, e Keke só voltou a pontuar em Monza, mesmo assim fechou o campeonato em um excelente 10° lugar com 6 pontos.

Keke e Emerson no GP da Áutria Fonte: Imgur

Para 1981 a Fittipaldi perdeu o patrocinio da cerveja Skol e também Emerson Fittipaldi que se aposentara da F1, para o lugar de Emerson foi contratado o brasileiro Chico Serra. Foi um ano muito dificil para a equipe, Rosberg conseguiu chegar ao final de apenas 3 GPs, o melhor resultado foi o 9° lugar no chuvoso GP Brasil em Jacarepaguá. Mesmo com uma temporada terrivel o talento do finlandes foi reconhecido no paddock. Keke Rosberg foi contratado por Frank Williams para substituir Alan Jones.

Com um bom carro em mãos finalmente teve a chance de mostrar seu talento. 1982 foi uma das temporadas mais tumultuadas da F1, a Williams equipada com o velho motor Ford Cosworth DFV ainda conseguia encarar os potentes mas ainda pouco resistentes motores turbo de Renault e Ferrari. Teve como companheiros Carlos Reutemann e Derek Daly, em uma temporada consistente foi marcando pontos enquanto perseguia sua primeira vitoria, que poderia ter vindo em Zolder na Belgica, mas acabou superado pela McLaren de John Watson na volta final. Bateu na trave na Austria, onde protagonizou um dos finais mais eletrizantes da F1 ao disputar metro a metro a vitoria com a Lotus de Elio de Angelis. Em Dijon finalmente a vitoria superando a Renault de Alain Prost nas voltas finais. O triunfo em terras francesas o colocou também na liderança do campeonato. Conquistou o titulo com o 5° lugar na etapa final em Las Vegas. Keke Rosberg foi o último piloto a ser campeão com o lendario Cosworth DFV.

1982 Monaco (Keke Rosberg, Williams FW08) Fonte: Imgur

Para 1983 a Williams permaneceu com o motor aspirado, mas os turbos foram imbatíveis, apenas nas pistas travadas os aspirados tinha alguma chance e Rosberg venceu em Monaco, única vitoria naquele ano. Frank Williams sabia que sem motor turbo não haveria chance de vitoria e iniciou a parceria com a Honda. Em 1984 o motor japones empurrava bem, mas o carro não correspondia, resultando novamente em apenas uma vitoria no GP de Dallas.

1985 prometia, Keke teria um novo parceiro, Nigel Mansell vindo da Lotus. Rosberg teve boas performances, vencendo de Detroit e também na etapa final em Adelaide. Fechou o ano com a 3° posição no campeonato com 40 pontos. O relacionamento com Patrick Head não era nada bom e Keke transferiu-se para a McLaren no ano seguinte. De saco cheio da rotina da F1 e também pelo fato de não conseguir superar o companheiro Alain Prost anunciou após pole no GP da Alemanha que estava deixando a F1 ao termino daquele ano.

Voltou as pistas pela Peugeot no Mundial de Marcas e também no DTM onde fundou o Team Rosberg. Fora das pistas gerenciou o inicio de carreira de jovens talentos como JJ Letho e Mika Hakkinen. Acompanhou de perto os primeiros passos do filho Nico na F1. Na categoria máxima do automobilismo mundial disputou 114 GPs, com 5 vitorias, 5 poles e 3 voltas mais rápidas.

Efemerides finais, Keijo Erik Rosberg não foi um gênio, não acho justo quando desmerecem seu titulo em 1982 pelo fato de ter conquistado apenas 1 vitoria naquele ano. Ranzinza, mal humorado, mas sem dúvidas um cara rápido. 4 de suas 5 vitorias foram conquistadas em pistas de rua, dividiu os boxes com Emerson Fittipaldi, Chico Serra, Carlos Reutemann, Mario Andretti, Derek Daly, Jacques Laffite, Nigel Mansell e Alain Prost, apenas o professor superou Keke, e talvez a efemeride mais importante de todas, até hoje foi o único campeão que viu seu filho repetir seu feito.

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Cristiano Seixas

Wikipédia da Fórmula 1, um dos maiores intelectuais do automobilismo, Cristiano Seixas é um dos mais antigos apoiadores dos produtores de conteúdo e deixa aqui no BP uma pequena porção do seu conhecimento para as futuras gerações!

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